O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano) disse que concluiu nesta segunda-feira (29) a investigação pré-julgamento contra Anton Kuznetsov-Krasovsky, diretor da emissora estatal de TV russa RT, e apresentou a acusação à Justiça. O acusado será julgado à revelia por conta de declarações suas na internet e na televisão em que pediu a morte de ucranianos. As informações são do portal The New Voice of Ukraine.
Segundo o SBU, Kuznetsov-Krasovsky feriu o artigo 442 do Código Penal ucraniano ao usar todas as plataformas de mídia disponíveis para fazer repetidos apelos públicos pelo genocídio dos ucranianos e pela derrubada da ordem constitucional na nação invadida pelas forças russas. Os serviços ucranianos alegam que coletaram inúmeras evidências para incriminá-lo.
Entre o material reunido, há provas de que Kuznetsov-Krasovsky falou que rejeita a existência da Ucrânia como um Estado independente e soberano, além de propor que a população do país vizinho fosse eliminada.
“Em suas publicações nos canais YouTube e Telegram, o infrator pediu às autoridades russas que eliminem fisicamente os ucranianos”, relatou o SBU. Segundo o serviço especial, o diretor ainda disse coisas como “Eles não são irmãos para nós. Eu cresci lá, eu sei o que estou dizendo: mate-os! Vamos! Chega!”.
Além de espalhar propaganda anti-ucraniana no ar, Kuznetsov-Krasovsky também gravou vídeos em que fazia discursos para convencer a audiência sobre a “conveniência da chamada ‘operação militar especial’ no território da Ucrânia”, observou o SBU.
Se preso, julgado e considerado culpado, Kuznetsov-Krasovsky pode pegar até cinco anos de prisão por seus pedidos de genocídio.