O jornalista e cineasta norte-americano Brent Renaud foi morto a tiros na Ucrânia no domingo (13), enquanto trabalhava na produção de um documentário no subúrbio de Irpin, próximo da capital Kiev.
A diretora-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), Audrey Azoulay, condenou o ato no Twitter. “Eu condeno a morte de Brent Renaud. Jornalistas têm o papel crítico de fornecer informações durante um conflito e nunca devem ser um alvo. Eu peço respeito aos padrões humanitários internacionais, garantindo que jornalistas e outros profissionais de mídia sejam protegidos”.
The Director-General of UNESCO @AAzoulay condemns the killing of US #journalist Brent Renaud in #Ukraine on 13 March. He was shot while reporting in the Kyiv suburb of Irpin.
— UNESCO 🏛️ #Education #Sciences #Culture 🇺🇳😷 (@UNESCO) March 13, 2022
Full statement: https://t.co/1g5qtNn6JW #JournoSafe #EndImpunity pic.twitter.com/YDw9tjqAJW
Renaud atuou a serviço de vários meios de comunicação norte-americanos, incluindo as redes HBO e NBC e o jornal The New York Times. O fotógrafo Juan Arredondo, que trabalhava junto do jornalista na produção de um documentário sobre refugiados, para a revista Time, também foi baleado no mesmo incidente e sobreviveu.
A jornalista italiana Annalisa Camilli postou um vídeo no Twitter de Arredondo sendo atendido em um hospital em Kiev após o incidente.
🔴🔴 Two American journalist shot by Russian at Irpin bridge. One is under surgery at the main hospital in Kyiv and the other was shot at the neck. pic.twitter.com/9lihX1JJ58
— annalisa camilli (@annalisacamilli) March 13, 2022
Experiente em conflitos, Renaud já havia trabalhado no Iraque e no Afeganistão. Também atuou no México, cobrindo a violência dos carteis da droga. De acordo com Oleksander Bogai, vice-chefe de polícia de Irpin, o norte-americano foi atingido com tiro na cabeça por tropas russas perto de um ponto de checagem de segurança das forças ucranianas, conforme informações do The New York Times.
As Nações estimam que o conflito na Ucrânia tenha provocado mais de 1,5 mil vítimas civis até agora. Pelo menos 42 crianças perderam a vida.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News