“O desarmamento nuclear não pode ser um sonho utópico”. Com essas palavras, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, iniciou sua mensagem para marcar o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, neste 26 de setembro.
Segundo ele, “eliminar esses dispositivos da morte não é apenas possível, é necessário”. O fim das armas nucleares é um dos objetivos mais antigos das Nações Unidas e foi o assunto da primeira resolução aprovada na Assembleia Geral da organização.
De acordo com a ONU, o mundo ainda tem mais de 12,7 mil armas nucleares.

Guterres ressaltou em sua mensagem que, no mês passado, na 10ª Conferência de Revisão das Partes do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, os países “chegaram perto de um consenso sobre um resultado substantivo”.
Para o secretário-geral, num momento crescente de divisão geopolítica, desconfiança e agressão direta, o mundo corre o risco de esquecer as terríveis lições de Hiroshima, Nagasaki e da Guerra Fria e levar a um Armageddon humanitário.
O líder das Nações Unidas pediu a todos os Estados que usem as vias de diálogo, diplomacia e negociação para aliviar as tensões e reduzir os riscos de um confronto nuclear.
António Guterres diz que o necessário agora, de forma mais ampla, é uma nova visão para o desarmamento nuclear e a não-proliferação.
Ele citou a proposta que fez com a Nova Agenda para a Paz, que exige um desarmamento significativo e o desenvolvimento de um entendimento comum das múltiplas ameaças para que se possa exterminar a ameaça de uma guerra nuclear de uma vez por todas.
Para o secretário-geral da ONU, a eliminação das armas atômicas seria o maior presente para as gerações futuras.
Guterres diz que o Dia Internacional é uma oportunidade de se alcançar um novo consenso e de neutralizar a ameaça nuclear para sempre cumprindo o objetivo da paz.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News