Mais de 2 milhões de refugiados terão de ser reassentados no próximo ano, diz ONU

Projeção é da Agência da ONU para Refugiados, Acnur. Numero representa aumento de 36% na comparação com necessidades deste ano

A Acnur (Agência da ONU para Refugiados) projeta um aumento de 36% no número de refugiados que precisarão ser reassentados em 2023. Neste ano, 1,47 milhão de deslocados estão nessa situação, enquanto no próximo ano mais de dois milhões precisarão ser abrigados em outros locais. 

A agência menciona alguns motivos para a alta: impactos humanitários da pandemia de Covid-19 e surgimento de novas situações de deslocamento no último ano.  

A maioria dos refugiados que precisará ser reassentada está no continente africano, aproximadamente 662 mil pessoas. Oriente Médio e Turquia aparecem logo em seguida. Por país de origem, os refugiados da Síria são o grupo com a maior necessidade global de reassentamento: mais de 777 mil sírios estão nesta situação.  

Refugiados e vítimas da violência nos conflitos de Tigré aguardam atendimento médico em alojamento humanitário em fevereiro de 2021 (Foto: Unicef/Zerihun Sewunet)

A Acnur menciona ainda os refugiados do Afeganistão, desalojados durante diferentes períodos da “história turbulenta do país”. Para o próximo ano, mais de 274 mil afegãos precisarão ser realocados. Na sequência estão civis da República Democrática do Congo, do Sudão do Sul e de Mianmar.

Segundo a agência da ONU, o sistema de reassentamento, que envolve a transferência de refugiados de um país de asilo para outra nação que concordou em recebê-los e em fornecer assentamento permanente, está disponível apenas para uma fração dos refugiados do mundo. 

A Acnur pede aos países para acelerarem os procedimentos de reassentamento o quanto antes e lembra que a medida garante a proteção daqueles refugiados que estão sob maior risco.  

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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