Participação recorde de chefes de Estado marca 78ª sessão da Assembleia Geral

Encontro contou com 88 chefes de Estado, contra 76 do ano passado. Líderes de China, França, Rússia e Reino Unido foram as ausências

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

As Nações Unidas encerraram na terça-feira (26) os debates de alto nível da 78ª sessão da Assembleia Geral. A semana de eventos teve a participação de 88 presidentes, a maior já registrada.

O presidente da Casa, Dennis Francis, destacou que é preciso uma “união das nações”, ao reforçar seu apelo por ação “para que todos os Estados encontrem dentro de si a vontade de agir em conjunto, em solidariedade.”

Discursando diante do órgão deliberativo, Francis disse estar encorajado com os progressos demonstrados pelos líderes globais em um período que também juntou ministros e representantes internacionais na sede das Nações Unidas. 

Falando em Nova York, a porta-voz do presidente da Assembleia Geral, Monica Grayley, deixou dados numéricos sobre a principal reunião do calendário da organização. 

“Nesse último dia foram 15 oradores: começou com a Índia e terminou com o Marrocos. O encontro contou com uma participação recorde de chefes de Estado: foram 88 e no ano passado 76. Os chefes de governo, no mínimo 42 participaram, e quatro vice-primeiros-ministros, mas também o total de ministros, vice-ministros e chefes de delegação foi de mais ou menos 50 oradores”, afirmou.

Panorama da Assembleia Geral das Nações Unidas (Foto: WikiCommons)
Discurso mais longo da sessão

Em 2023, foram 21 mulheres a tomar a palavra no pódio do hall da Assembleia Geral. O discurso mais longo da sessão foi o de Burkina Faso, com 38 minutos. Ruanda teve a intervenção mais curta, com pouco mais de nove minutos. 

A semana teve mais de cem eventos paralelos e dois mil bilaterais entre representantes dos países-membros. O edifício das Nações Unidas foi ocupado por 13 mil representantes e diplomatas. Uma média de 2,5 mil correspondentes e jornalistas cobriu os encontros, e 14 mil passes especiais foram emitidos para as reuniões. 

Falando a jornalistas sobre a sessão, a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, disse que a Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), foi um momento de esperança e adicionou o ímpeto para a 28ª Cúpula do Clima (COP28).

Ela ressaltou, no entanto, que a semana teria registrado um impacto mais tangível com a presença de líderes ao mais alto nível dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança: China, França, Rússia e Reino Unido.

Declaração Política sobre os ODS 

Mohammed declarou que, até ao último momento, esteve patente o compromisso de alto nível assumido pelos Estados-membros na Declaração Política sobre os ODS. Para ela, no documento está muito claro o apoio coletivo às iniciativas apresentadas em favor da análise do financiamento do estímulo das metas globais.

Como destaques do evento, a vice-líder das Nações Unidas realçou ainda a reafirmação dos objetivos globais e de sua relevância rumo ao desenvolvimento sustentável e ao cumprimento da Agenda 2030. 

Amina Mohammed disse haver uma nova dinâmica e mobilização sobre o alcance das metas globais através de parcerias, empresas, líderes mundiais e mais de 500 parceiros que em Nova Iorque marcaram a metade do caminho até o fim do prazo. 

Outro grande momento foi o fim de semana de ação com representantes de grupos de mulheres, sociedade civil, ciência e empresariado, além da Cimeira de Ambição sobre ação climática e os três eventos sobre a saúde global.

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