Terra terá 57 dias extremamente quentes por ano até 2100, alerta estudo

Mesmo se as metas do Acordo de Paris forem cumpridas, a Terra terá 57 dias extremamente quentes por ano até 2100, alerta estudo da Climate Central sobre o aquecimento global

Um novo estudo da Climate Central e da World Weather Attribution revela que, mesmo que as promessas do Acordo de Paris sejam totalmente cumpridas, a Terra deverá aquecer 2,6 °C até 2100, resultando em 57 dias extremamente quentes adicionais por ano.

O relatório, intitulado “Dez anos do Acordo de Paris: o presente e o futuro do calor extremo, analisa as tendências globais de temperatura extrema desde 2015 e avalia como os compromissos atuais de emissões afetarão o clima no futuro.

Aviso de calor extremo no trânsito de Los Angeles em setembro de 2022 (Foto: WikiCommons)

Segundo o estudo, se todas as promessas de redução de emissões forem cumpridas, o aumento das temperaturas globais seria limitado a 2,6 °C, mas ainda assim, o planeta enfrentaria um número recorde de dias quentes. Hoje, a média é de 11 dias extras por ano com temperaturas extremas, correspondente a cerca de 1,3 °C de aquecimento.

Antes das metas de Paris, a projeção indicava um aquecimento de 4 °C até o final do século, o que poderia resultar em 114 dias extremamente quentes por ano.

Países mais afetados

O estudo aponta que países como Ilhas Salomão, Panamá, Santa Lúcia, Guiana e Indonésia enfrentarão os maiores aumentos de dias quentes, mesmo com o aquecimento limitado a 2,6 °C.

Urgência em reduzir emissões

“A maior ambição possível, conforme estabelecido no Acordo de Paris, para alcançar reduções profundas, rápidas e sustentadas de emissões é urgentemente necessária”, destaca o estudo. Ele alerta ainda que “os custos da inação diante do calor extremo estão aumentando mais rápido do que a capacidade de adaptação”.

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