Arábia Saudita condena cinco membros do EI à morte por atentados no país

Julgamento reuniu 45 membros do Estado Islâmico acusados de matar um oficial e explodir três mesquitas desde 2015

Um tribunal da Arábia Saudita condenou cinco membros do EI (Estado Islâmico) à morte na última quinta (11), confirmou o jornal saudita “Arab News”.

Ao todo, 45 militantes foram a julgamento após a queda do grupo em confrontos armados com as forças de segurança do país. Investigações ligaram os acusados com operações terroristas no reino.

Um dos crimes do grupo foi o assassinato do general Kitab Al-Otaibi, diretor de investigações da unidade policial de Al-Quwaiiyah, a oeste da capital Riad, em abril de 2016.

Arábia Saudita condena cinco membros do Estado Islâmico à morte
Bandeira do Estado Islâmico no subúrbio de Saint Romain au Mont d’Or, França, em março de 2015 (Foto: Divulgação/Thierry Ehrmann)

O oficial teria sido perseguido enquanto seguia para o trabalho e morto a tiros em frente à delegacia de polícia da cidade de Al-Arja. O EI assumiu a autoria do assassinato poucas horas depois do ataque.

Os acusados também estariam envolvidos em um bombardeio a três mesquitas. O primeiro atentado foi à mesquita das Forças Especiais de Abha, em agosto de 2015, que terminou com 15 mortos.

Ao menos 11 eram agentes de segurança e quatro trabalhadores de Bangladesh. O outro ataque visou a segunda maior mesquita da comunidade ismaili – a Al-Mashhad de Najran, em outubro de 2015.

Uma explosão resultou em duas mortes e 27 feridos. O último ataque foi em janeiro de 2016, à mesquita de Al-Ridha, na cidade saudita de Al-Ahsa. Membros do EI afirmaram que o local possuía “relação com a comunidade xiita”. Cinco morreram e 36 ficaram feridos no bombardeio.

A decisão do tribunal é preliminar. Só em 2019, a Arábia Saudita condenou 184 pessoas à pena de morte, conforme dados da Anistia Internacional. A sentença também podia ser aplicada para menores de idade até abril de 2020, quando foi abolida.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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