Dez xiitas são mortos em ataque durante peregrinação no Iraque

Fiéis xiitas celebravam a morte do sétimo imã Musa Al-Kadhim quando uma granada atingiu o grupo, em Bagdá

Um ataque a bomba matou dez peregrinos xiitas na capital iraquiana, Bagdá, na segunda (8). A agência turca Anadolu confirmou o atentado. Um homem não identificado teria atirado uma granada em direção ao grupo durante um evento religioso.

Os visitantes celebravam a morte do sétimo imã do Islã xiita Musa Al-Kadhim. Milhares de peregrinos visitam o local a cada dia 25 de Rajab, segundo o calendário islâmico.

O ritual inclui caminhar longos percursos desde províncias do interior do Iraque até o santuário, ao norte de Bagdá.

Dez peregrinos xiitas são mortos em ataque a bomba durante Al-Kadhim
Xiitas viajam ao santuário de al-Kadhim, em Khadamiyah, ao norte de Bagdá, em agosto de 2007 (Foto: U.S. Navy/Summer M. Anderson)

Horas antes do ataque, o Ministério do Interior iraquiano informou em um comunicado que conseguiu frustrar outros ataques suicidas contra os peregrinos xiitas. Até agora, nenhum grupo terrorista reivindicou o atentado.

O caos se instaurou após o ataque. Em vídeo, pessoas correm e gritam por ajuda nas ruas próximas ao santuário. A violência entrou na rotina de eventos religiosos xiitas nos últimos anos.

Ataques suicidas já deixaram centenas de mortos e feridos. Bagdá costuma responsabilizar o Daesh, nome pejorativo para o Estado Islâmico, pela autoria dos atentados.

A maioria dos integrantes do grupo estão em células adormecidas nas áreas rurais do Iraque. Forças-tarefa de aliados como o EUA e Turquia já estão presentes em diversas regiões iraquianas para combater os extremistas.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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