Mais de 160 suspeitos de terrorismo foram presos pela Turquia em fevereiro

Suspeitos estavam em esconderijos espalhados por Istambul, Ancara e na província de Adana, no sul da Turquia

As forças da Turquia prenderam 165 suspeitos de integrar grupos de terrorismo em fevereiro, informou a agência turca Anadolu. Com os detidos estavam centenas de armas e munições pertencentes ao Estado Islâmico – todas apreendidas.

Os suspeitos de terrorismo estavam em células distribuídas por Istambul, Ancara e em comunidades na província de Adana, região sul do país. Muitos dos detidos eram membros sêniores e haviam participado de assassinatos e na travessia ilegal de militantes pelas fronteiras turcas.

As autoridades conseguiram deter A. Y., suposto líder do EI, quando tentava fugir da Turquia para o Iraque. Ele levava consigo 430 passaportes e 346 identidades falsas.

Mais de 160 suspeitos de terrorismo foram presos pela Turquia em fevereiro
Comboio contraterrorismo da Turquia, na capital Ancara, em imagem de fevereiro de 2021 (Foto: Reprodução/Anadolu Agency)

As forças turcas também identificaram um membro conhecido como “vice-ministro da Educação” do Daesh, nome pejorativo dado ao EI em árabe. O homem, cidadão jordaniano, era responsável por instruir os membros nas áreas invadidas pelo grupo no Iraque e na Síria entre 2014 e 2017.

Outro preso pela polícia turca era o “chefe dos assuntos financeiros” do EI na cidade síria de Raqqa, que chegou a ser declarada “capital do emirado”. Ele estava na cidade de Mersin, no sul da Turquia, quando foi preso em 17 de fevereiro, informou o jornal “Daily Sabah”.

A prisão da cidadã francesa Sarah Talib, procurada pela Interpol como uma das extremistas mais perigosas do mundo, também foi destaque entre os presos pelas autoridades da Turquia. Agentes detiveram Talib a poucos metros da embaixada da França em Ancara no último dia 23.

Desde que declarou o Estado Islâmico como um grupo terrorista, em 2013, a Turquia foi alvo de diversos ataques extremistas. Já são dez atentados suicidas, sete atentados a bomba e quatro ataques armados.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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