Nove homens da Al-Shabaab são mortos após tentativa de ataque na Somália

Militantes teriam planejado ataque às forças de paz da União Africana, mas foram descobertos pelos agentes

O exército da Somália e forças etíopes da Amison (Missão de Paz da União Africana) mataram nove membros do grupo terrorista Al-Shabaab neste domingo (28), confirmou a agência turca Anadolu.

Os agentes contra-atacaram os militantes após uma tentativa de atentado às bases do exército na cidade agrícola de Qasahdhere, no sudoeste do país.

As forças paramilitares regionais e a Amison sabiam que o ataque havia sido planejado, afirmou o comissário distrital de Qasahdhere, Abdirisaq Abdi Ibrahim. Uma ação anterior de contraterrorismo possibilitou a emboscada contra os terroristas.

Nove terroristas da Al-Shabaab são mortos após tentativa de ataque na Somália
Soldados da Amison (Missão de Paz da União Africana na Somália) em treinamento ao combate de extremistas do Al-Shabaab na capital da Somália, Mogadíscio, em agosto de 2012 (Foto: Divulgação/União Africana/Stuart Price)

Além dos nove mortos, pelo menos 11 combatentes do Al-Shabaab foram feridos. Os agentes apreenderam todas as armas do grupo.

A já frágil segurança na Somália se deteriorou desde os ataques que causaram o adiamento das eleições do país, previstas para 24 de janeiro. Na sequência, o vácuo de poder impulsionou os ataques do grupo, vinculado à Al-Qaeda e ativo há pelo menos 16 anos.

Os extremistas controlam áreas ao sul do país, onde é comum que soldados de paz da União Africana morram em emboscadas e bombardeios. Dados apontam que o Al-Shabaab esteve em 440 episódios violentos no país entre julho e setembro – o maior número desde 2018.

Sem as tropas norte-americanas, restam o Catar e a Turquia como aliados estrangeiros. A nação do Golfo Pérsico oferece dinheiro e ajuda humanitária, enquanto a Turquia treina cerca de 10 mil soldados.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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