Falta de acordo sobre acesso a alimentos afetará 9,5 milhões de iemenitas

Financiamento limitado levou o Programa Mundial de Alimentos a anunciar uma pausa no acesso de ajuda ao norte do país

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Cerca de 9,5 milhões de pessoas no norte do Iêmen serão afetadas pela interrupção da distribuição de comida  anunciada na terça-feira (5) pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA).

A pausa no acesso de alimentos acontecerá em áreas controladas pelas autoridades baseadas na capital Sanaa, que são reconhecidas pela comunidade internacional.

Em nota, emitida em Roma, a agência explica que a decisão se deveu ao financiamento limitado e à falta de um acordo sobre um programa de menor escala, onde seriam alocados os recursos disponíveis para as famílias mais necessitadas.

No Iêmen, 80% da população precisa de ajuda humanitária (Foto: Mark Lowcock/Twitter)

No entanto, as negociações continuarão após quase um ano de diálogo que envolveu consultas com doadores. O processo não produziu qualquer entendimento sobre a redução de beneficiários para 6,5 milhões.

Como se esgotaram as reservas alimentares, a agência revela que, mesmo com um acordo imediato, a retomada poderá demorar até quatro meses devido à interrupção da cadeia de abastecimento da assistência alimentar humanitária.

Continuação da alimentação escolar 

Em nível escolar, o PMA diz que continuará com programas que promovem a resiliência, subsistência, nutrição e alimentação para minimizar o impacto da pausa nas distribuições. Este processo dependerá da disponibilidade de fundos e da cooperação das autoridades do norte.

A distribuição geral de alimentos nas áreas sob controle governamental continuará focada em famílias mais vulneráveis, após um ajuste de recursos anunciado em agosto. 

O PMA conta com quase metade das suas operações readaptadas em todo o mundo em meio a desafios financeiros que o setor humanitário enfrenta.

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