O FMI (Fundo Monetário Internacional) promoveu na última segunda (27) um painel sobre os efeitos da queda nos preços do petróleo na economia do Oriente Médio.
É o menor preço em 20 anos, apontou o Fundo, que usa como base para este ano um preço de US$ 35,61 por barril. Com a crise do coronavírus. espera-se que esses países deixem de vender US$ 226 bilhões do produto.
Por isso, a região terá de lidar com dois choques econômicos simultâneos: o preço baixo de sua principal commodity e as consequências da crise.
Entre as nações exportadoras de petróleo da região, espera-se uma contração média de 4,2% no PIB (Produto Interno Bruto). Entre esses países estão Irã, Argélia, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Omã e Catar.
A recuperação, porém, deve chegar rápido: já em 2021, estima-se alta de 4,7% na produção dos países que exportam petróleo.
Já entre os países que importam petróleo, como Egito, Jordânia, Sudão, Somália, Síria e Tunísia, a retração econômica deve ser da ordem de 0,7%, com retomada de 2,6% no ano que vem.
Preocupa a fragilidade dos países em guerra: o Sudão, por exemplo, deve ter recessão de 7% em 2020, enquanto a economia líbia encolherá 6%.
Entre as principais medidas adotadas pelos países estão restrições de viagem, proibição de aglomerações e fechamento de escolas e de fronteiras.
As estimativas no preço do barril de petróleo para 2021 consideram pequena alta ante este ano, para US$ 37,87 – distante dos US$ 165,20 registrados em junho de 2008.
A conversa foi conduzida por Jihad Azour, diretor do FMI para a região e teve participação de especialistas do setor de petróleo e gás. O conteúdo está em inglês.