Na noite (horário local) de quarta-feira (22), o exército israelense aumentou a intensidade dos ataques em toda a Faixa de Gaza, focalizando principalmente as áreas do norte, segundo informações da agência de notícias oficial palestina Wafa. A ofensiva ocorre no momento em que uma pausa humanitária mediada pelo Catar, Egito e EUA entre Israel e o Hamas está prestes a entrar em vigor. As informações são do TRT World.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) lançaram uma série de ofensivas aéreas, resultando em várias mortes em residências no campo de refugiados de Nuseirat. Essa intensificação ocorreu momentos antes da trégua entre Tel Aviv e os combatentes extremistas.
Em um comunicado, o exército afirmou que os alvos foram 300 locais ligados ao Hamas, e foram atacados “pelo ar”. Esses locais compreendiam “centros de comando operacional, túneis subterrâneos de combate, depósitos militares e instalações para fabricação de armamentos e lançamento de mísseis antitanque”, conforme a nota.
Fontes locais relataram que a artilharia israelita bombardeou as proximidades da Escola Khalifa em Beit Lahia, no norte de Gaza, onde mais de oito mil pessoas deslocadas residem, resultando em vários feridos. Na Cidade de Gaza, aviões de guerra israelitas atacaram os bairros de Sheikh Ridwan e Shejaiya. Também houve bombardeios em Al-Fukhari, a leste de Khan Younis, no sul do enclave, além de um ataque aéreo contra uma casa em Rafah, deixando pelo menos três pessoas feridas, conforme informou a Wafa.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Catar, a trégua terá início às 7h de sexta-feira (24), e os primeiros reféns serão libertados às 16h. Espera-se que, durante a pausa, o Hamas liberte 50 prisioneiros, principalmente mulheres e crianças, em troca da libertação de mulheres e crianças palestinas detidas por Israel.
O número de vítimas fatais em decorrência dos ataques aéreos e terrestres israelenses na Faixa de Gaza aumentou para 14.532, conforme relatado pelo escritório de mídia do enclave sitiado na quarta-feira. Este trágico saldo inclui mais de seis mil crianças e quatro mil mulheres. Em contraste, os dados oficiais indicam que o número de mortos israelenses é de cerca de 1,2 mil.