Houthis ameaçam intensificar ataques contra navios caso bloqueio de ajuda a Gaza persista

Grupo rebelde iemenita estabeleceu um prazo para suspensão das restrições à ajuda humanitária ou retomará ofensiva

Os Houthis, grupo rebelde do Iémen considerado terrorista pelos Estados Unidos, lançaram um ultimato contra Israel, exigindo a liberação da ajuda humanitária para Gaza em até quatro dias. Caso Israel não suspenda o bloqueio, o grupo ameaça retomar suas ofensivas navais contra as forças israelenses. O impacto desse conflito tem sido sentido nas rotas marítimas do Mar Vermelho, uma das mais movimentadas do mundo, com frequentes ataques aos navios comerciais, que elevaram os custos de transporte e seguros. As informações são da revista Newsweek.

Em uma declaração à Newsweek, Nasruddin Amer, vice-chefe da autoridade de mídia dos Houthis, declarou: “Se o inimigo israelense continuar a impedir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza, vamos retomar nossas operações marítimas contra o inimigo israelense. Enfrentamos cerco com cerco”.

Marinha dos EUA neutraliza ameaça composta por mísseis e drones dos Houthis (Foto: WikiCommons)

Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária após tensões com o Hamas sobre o retorno dos reféns israelenses. Além disso, acusações de desvio da ajuda para fins militares têm complicado ainda mais a situação. Como resposta, Israel interrompeu o fornecimento de energia elétrica a Gaza, aprofundando a crise na região.

Organizações internacionais, incluindo a ONU, alertam para as consequências devastadoras da continuidade do bloqueio. O porta-voz da organização, Stéphane Dujarric, destacou que a manutenção das fronteiras fechadas prejudicaria ainda mais a população civil. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos estão tentando mediar negociações entre Israel e o Hamas, com foco na liberação de reféns e na introdução de ajuda humanitária em Gaza.

Com o prazo dado pelos Houthis se aproximando, a situação permanece incerta e com o potencial de novos confrontos no Mar Vermelho, afetando ainda mais as rotas comerciais e a segurança regional.

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