Inundações atingem o Afeganistão e deixam mais de 300 pessoas mortas

Com a forças das águas, resultado das fortes chuvas das últimas semanas, mais de mil casas foram destruídas no norte do país

Mais de 300 pessoas morreram após fortes chuvas atingirem o norte do Afeganistão nas últimas semanas, causando inundações que pegaram a população de surpresa e deixaram um rastro de destruição, com de mil casas comprometidas. Os números foram divulgados pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) em sua conta na rede social X, antigo Twitter.

“Inundações repentinas devastam o Afeganistão, matando mais de 300 pessoas em Baghlan e destruindo mais de mil casas. Esta foi uma das muitas inundações nas últimas semanas, devido a chuvas excepcionalmente fortes. O PMA está agora distribuindo biscoitos fortificados aos sobreviventes”, diz a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) na postagem.

Em seus canais oficiais, o Taleban, que governa o país desde agosto de 2021, afirmou que as províncias mais atingidas pelas chuvas foram as de  Badakhshan, Ghor, Herat e Baghlan, “causando destruição generalizada, perda de vidas e deixando inúmeras famílias deslocadas e com necessidade desesperada de assistência.”

Inundações no norte do Afeganistão, maio de 2024 (Foto: reprodução de vídeo/PMA)

A nova catástrofe climática atinge o Afeganistão conforme o país tentava se recuperar dos terremotos de outubro de 2023 na província de Herat, onde mais de mil pessoas morreram, a maioria mulheres e crianças.

Meses depois daquela tragédia, muitas pessoas continuam sem ter para onde ir, vivendo em tendas após terem suas casas destruídas. Herat também está entre os locais mais atingidos pela força das águas.

“As recentes inundações no Afeganistão, inclusive em Baghlan, que ceifaram muitas vidas, são um lembrete claro da vulnerabilidade do Afeganistão à crise climática. São necessárias tanto a ajuda imediata como o planeamento a longo prazo por parte dos intervenientes do Taleban e internacionais. Condolências às famílias das vítimas”, disse no X Richard Bennett, relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos no Afeganistão.

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