Moscou promete apoio militar se o Tadjiquistão for invadido via Afeganistão

Moscou justificou sua posição com base na aliança militar que engloba sete ex-Estados soviéticos criada em 2002

A Rússia se prontificou a dar suporte militar ao Tadjiquistão em caso de uma invasão vinda do Afeganistão, onde tem aumentado a tensão entre as forças governamentais e os rebeldes do Taleban. As informações são da agência estatal russa Tass.

Moscou justificou sua posição com base na CSTO (Organização do Tratado de Segurança Coletiva), uma aliança militar liderada pela Rússia que engloba sete ex-Estados soviéticos e foi criada em 2002. O Tadjiquistão faz parte do acordo.

“Se o Tadjiquistão for atacado, é claro que isso será imediatamente debatido na CSTO”, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. “E é claro que honraremos nosso compromisso”.

Exército russo promete dar suporte ao Tadjiquistão em caso de invasão via Afeganistão (Foto: divulgação/eng.mil.ru)

O secretário-geral da CSTO, Stanislav Zas, disse recentemente que a situação nas regiões do norte do Afeganistão é preocupante e deixa o órgão em alerta. No início de julho, o Conselho da Assembleia Parlamentar da CSTO instou a cúpula política afegã a facilitar o processo de paz no país.

Tensão na fronteira

A fronteira entre Afeganistão e Tadjiquistão promete se tornar especialmente tensa conforme o Taleban conquista territórios no norte afegão e assume controle cada vez maior da região fronteiriça. Na segunda-feira (5), mais de mil soldados afegãos atravessaram a fronteira em busca de abrigo no país vizinho.

“Levando em consideração o princípio da boa vizinhança e aderindo à posição de não interferência nos assuntos internos do Afeganistão, os militares das forças do governo afegão foram autorizados a entrar em território tadjique”, disse um comunicado do comitê de segurança nacional do país.

Embora o Taleban tenha afirmado que não pretende agir contra o Tadjiquistão, o exército do país está mobilizado. Uma reunião do departamento de defesa tadjique determinou que cerca de 20 mil homens sejam deslocados para cuidar da segurança fronteiriça.

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