ONU condena explosões mortais em duas escolas em Cabul, no Afeganistão

Explosões ocorreram na escola de ensino médio Abdul Rahim Shahid para meninos e no Centro de Educação Mumtaz

A ONU (Organização das Nações Unidas) condenou as explosões mortais em duas instituições educacionais na capital do Afeganistão, Cabul, na quarta-feira (19), que mataram pelo menos seis pessoas e feriram cerca de 20.

As explosões ocorreram na escola de ensino médio Abdul Rahim Shahid para meninos e no Centro de Educação Mumtaz, ambos localizados na área de Dashti Barchi, um bairro predominantemente muçulmano xiita no oeste de Cabul.

O ataque à escola de ensino médio Abdul Rahim Shahid teria ocorrido quando os alunos estavam saindo de suas aulas matinais, de acordo com a ONU no Afeganistão. As explosões no Centro de Educação Mumtaz ocorreram pouco depois.

“A violência dentro ou ao redor das escolas nunca é aceitável. Para o povo do Afeganistão, já assediado por 40 anos de guerra, as escolas devem ser refúgios seguros e lugares onde as crianças podem aprender e florescer”, disse Ramiz Alakbarov, coordenador humanitário da ONU no país, sublinhando que ataques contra civis e infraestrutura civil são estritamente proibidos pelo Direito Internacional Humanitário.

Cabul, a capital do Afeganistão, em foto de março de 2020 (Foto: Wikimedia Commons)

A Missão de Assistência da ONU no Afeganistão (UNAMA) foi ao Twitter para condenar os ataques. “A UNAMA condena inequivocamente o ataque hediondo às escolas em #Cabul hoje. Os responsáveis pelo crime contra escolas e crianças devem ser levados à justiça. A enviada da ONU @DeborahLyonsUN
estende as mais profundas condolências às famílias das vítimas e deseja uma rápida recuperação para os feridos”.

Filippo Grandi, o alto comissário da ONU para os refugiados, também ofereceu condolências às famílias. “A diversidade étnica, religiosa e linguística do Afeganistão está em grande risco. Deve ser respeitado e mantido em segurança”, escreveu Grandi em sua conta oficial no Twitter.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, foi outro a se manifestar através de seu porta-voz. “Ataques contra civis e infraestrutura civil, incluindo escolas, são estritamente proibidos pelo Direito Internacional Humanitário”, disse Stéphane Dujarric a jornalistas em Nova York.

Ao expressar sua condenação, a chefe do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Catherine Russell, observou que o número de vítimas deve aumentar, em função dos ferimentos graves em algumas das vítimas. Ela também apelou nos termos mais fortes a todas as partes para proteger meninos e meninas em todos os momentos.

“Ataques a crianças e instalações educacionais constituem graves violações de direitos”, disse Russell. “As escolas são mais do que locais de aprendizado; devem ser refúgios de proteção e paz.”

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News

Tags: