Por causa do novo coronavírus, o governo da Arábia Saudita emitiu novas diretrizes nesta segunda (6) para o Hajj, tradicional peregrinação muçulmana a Meca. Neste ano, o evento deve ocorrer entre 28 de junho e 2 de agosto.
Em geral, a peregrinação atrai 2,5 milhões de pessoas. Mas, em 2020, as autoridades sauditas reduziram drasticamente o tamanho do Hajj para evitar uma explosão de contágios pelo novo coronavírus.
Segundo a agência de notícias Associated Press, as novas regras incluem a autorização para peregrinos beberem a água benta do poço Zamzam apenas embaladas em garrafas plásticas.
Os seixos normalmente pegos pelos peregrinos para espantar o mal serão esterilizados e ensacados antes da chegada dos peregrinos. Também será necessário que os tapetes de oração sejam levados de casa.
O uso de máscara será obrigatório, assim como o distanciamento físico durante as orações e entre as barracas na hora de dormir. O peregrino também não terá autorização de tocar na Caaba, o local mais sagrado do Islã.

Participação limitada
Pela primeira vez, o Hajj não incluirá peregrinos de fora do país. Dos muçulmanos autorizados a participarem da peregrinação, 70% serão estrangeiros que vivem no reino e 30% cidadãos sauditas, selecionados entre profissionais de saúde e segurança recuperados da Covid-19.
Segundo as diretrizes, os estrangeiros residentes na Arábia Saudita autorizados a participar do Hajj devem ter entre 20 e 50 anos de idade. Também não podem ter realizado a peregrinação antes.
Os muçulmanos deverão fazer quarentena antes e depois do Hajj e passarão por testes de diagnóstico de coronavírus. Os elegíveis para participar da celebração terão até esta sexta (10) para fazerem uma solicitação ao governo.
Até esta quarta (8), a Arábia Saudita registrou 217 mil casos do Covid-19 e dois mil óbitos, segundo dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde).