“Profundamente perturbado”, diz enviado da ONU em meio à violência na Cisjordânia

Tor Wennesland condena a violência dos dois lados, o palestino e o israelense, e destaca que todos os civis devem ser protegidos 

Em resposta à mais recente agitação violenta na Cisjordânia, o enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) ao Oriente Médio, Tor Wennesland, sublinhou a necessidade de israelenses e palestinos se conterem para que seja evitada uma nova escalada. 

“Estamos no meio de um ciclo de violência que deve ser interrompido imediatamente”, disse ele em comunicado divulgado na quarta-feira (8). 

“Estou profundamente perturbado com a violência contínua e consternado com os ataques de colonos israelenses contra palestinos há dois dias em Huwwara, perto de Nablus. Israel, como potência ocupante, deve garantir que a população civil seja protegida e que os perpetradores sejam responsabilizados”, disse ele. 

Vista da cidade de Belém, na Cisjordânia (Foto: Daniel Case/Wikimedia Commons)

Wennesland condenou a violência dos colonos israelenses contra os palestinos e os ataques palestinos contra os israelenses, acrescentando que todos os civis devem ser protegidos. 

“Também estou alarmado com os eventos que aconteceram ontem (terça-feira) durante uma operação israelense em Jenin, resultando em confronto armado entre as forças de segurança israelenses e palestinas”, disse ele. 

Tropas israelenses invadiram um campo de refugiados na Cisjordânia e mataram seis palestinos, incluindo um atirador que matou dois irmãos israelenses em um ataque terrorista em Huwwara no mês passado. 

O enviado da ONU disse ainda que o Conselho de Segurança falou a uma só voz, pedindo às partes que observem a calma e a moderação e evitem ações provocativas, incitação e retórica inflamatória.  

A Jordânia organizou conversações entre autoridades israelenses e palestinas no mês passado, e os compromissos assumidos então “devem ser implementados se quisermos encontrar um caminho a seguir”, acrescentou Wennesland. 

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News

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