Servidor público é morto e dois ficam feridos após ataque a tiros em Deir el-Zor, na Síria

Garis trabalhavam em uma rua de Hajin quando foram baleados; suspeita é que agressores sejam do Estado Islâmico

Homens armados mataram um servidor público e deixaram dois feridos na cidade de Deir el-Zor, ao leste da Síria, na última quinta (27), confirmou o Centro de Informações de Rojava.

Os servidores, que são garis, trabalhavam em uma rua de Hajin quando foram baleados por atiradores que passaram em uma motocicleta. As autoridades ainda não conseguiram identificar os agressores. Os dois sobreviventes foram internados em estado grave em um hospital local.

Apesar de nenhum grupo terrorista ter reivindicado a violência, a suspeita é de que militantes do Estado Islâmico tenham orquestrado o ataque. A província de Deir el-Zor enfrenta o aumento de extremistas em células dormentes em todo o território, registrou o grupo de mídia curdo Rudaw.

Servidor público é morto e dois ficam feridos após ataque a tiros em Deir el-Zor, na Síria
Rua da cidade de Deir ez-Zor, ao leste da Síria, maio de 2008 (Foto: Divulgação/Flickr/Cristian Iohan Stefanescu)

No dia 10, um soldado das SDF (Forças Democráticas Sírias), lideradas por curdos, foi morto após um ataque de homens armados em motocicletas. Outros sete soldados ficaram feridos.

O ataque aconteceu depois do lançamento de uma nova operação de segurança em grande escala contra o Estado Islâmico em Deir el-Zor. A ofensiva conta com o apoio da coalizão internacional contraterrorismo.

Avanço do extremismo

Apesar de a SDF e o regime sírio controlarem a província, o grupo jihadista segue ativo na área. Os extremistas transformaram Hajin em sua capital antes de as forças curdas retomarem o domínio da região.

O Estado Islâmico assumiu o controle de partes de Síria e Iraque em 2014. Em 2017, a coalizão internacional declarou a derrota do grupo no território iraquiano, e, em 2019, na Síria. A ameaça persiste através de bombardeios, ataques e sequestros.

O avanço do Estado Islâmico na Síria tende a aprofundar a crise sem precedentes deixada pelos dez anos de guerra civil. O país conta com o apoio do exército russo, do aliado Irã e dos libaneses do Hezbollah. No momento, uma trégua no conflito está em vigor.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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