EUA oferecem recompensa de US$ 5 milhões pelo líder da Al-Qaeda no Iêmen

Khalid Batarfi teria orquestrado um ataque que matou cinco oficiais da marina norte-americana em 2019, na Flórida

O Departamento de Estado dos EUA, através do seu programa “Recompensas da Justiça”, oferece até US$ 5 milhões (R$ 24,7 milhões) a quem fornecer informações sobre o paradeiro de Khalid Saeed al-Batarfi, líder da Al-Qaeda no Iêmen

A recompensa foi anunciada na conta de Twitter do programa governamental. Batarfi é acusado de orquestrar o ataque a uma base militar dos EUA na Flórida, em dezembro de 2019, que terminou com a morte de cinco marinheiros norte-americanos.

Em fevereiro, um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) informou que o terrorista estava preso desde outubro de 2020. A detenção teria ocorrido em uma operação que terminou com a morte de Saad Atef al-Awlaki, outro combatente da alta cúpula da Al-Qaeda no Iêmen. A prisão de Batarfi, porém, foi desmentida pelo grupo jihadistas em abril. 

Batarfi tem nacionalidade saudita e se juntou à Al-Qaeda há mais de 20 anos. As primeiras ações foram no Afeganistão, em 1999, pouco antes de atuar com o Taleban durante a invasão norte-americana ao país. Ele está desde 2010 no Iêmen, onde comandou a invasão da província de Abyan, no sul.

O jihadista chegou a ser preso e passou quatro anos encarcerado, até que um destacamento da Al-Qaeda invadiu a cidade de Al Mukalla e o libertou junto com outros combatentes, em 2016.

EUA oferecem recompensa de US$ 5 milhões pelo líder da Al-Qaeda no Iêmen
EUA ofereceram recompensa de US$ 5 milhões por informações sobre Khalid Batarfi (Foto: Divulgação)

Batarfi tem intensificado suas ameaças aos EUA, com a promessa de destruir a economia norte-americana e outros interesses do país. Ele gravou um vídeo ameaçando Washington e o povo judeu quando, em 2018, o então presidente Donald Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel.

A Al-Qaeda nomeou oficialmente Batarfi como seu líder em fevereiro de 2020, após admitir a morte do antecessor Qasim al-Raymi, num ataque aéreo que atingiu o carro do jihadista.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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