Terroristas no Nepal recebem auxílio de entidade turca, diz relatório

Ligada à Al-Qaeda, IHH forneceria refúgio a extremistas e é investigada por apoiar grupos armados na Síria

Uma entidade de caridade ligada à Al-Qaeda na Turquia está fornecendo refúgio a terroristas do Nepal, vinculados ao grupo ISN (Islamai Sangh), aponta uma investigação da Nordic Monitor.

Conforme o relatório, acessado pelo jornal indiano “Hindustan Times”, a IHH (Fundação para Direitos Humanos, Liberdades e Ajuda Humanitária) busca expandir o centro logístico para redes jihadistas.

A organização opera em diversos projetos no Nepal, especialmente em áreas próximas à fronteira com a Índia. Lá, o objetivo é ampliar a base de apoio entre a comunidade muçulmana minoritária do país. O ISN teria facilitado a instalação da IHH na região.

Terroristas do Nepal recebem auxílio de entidade humanitária turca, diz relatório
Estrutura construída pela entidade humanitária IHH para refugiados sírios, em 2020 (Foto: Reprodução/IHH)

A fundação recebeu financiamento direto da Turquia em vários de seus projetos, de acordo com a agência ANI. A entidade coleciona arrecada fundos na Turquia e é investigada por manter uma linha de apoio a grupos terroristas armados na Síria.

Com os recursos, a IHH já teria estabelecido mesquitas, orfanatos e centros islâmicos em diversas cidades do Nepal, incluindo a capital Katmandu. O Conselho de Segurança das Nações Unidas já citou a organização em diversos documentos.

A possibilidade de relação entre os centros e terroristas no Nepal acende um alerta em Nova Délhi. Desde 2018, agências de inteligência indianas vigiam o fornecimento de refúgio e a expansão de redes logísticas de extremistas islâmicos.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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