Ataque a agência da ONU gera perda de alimento que atenderia 730 mil pessoas

Foram saqueadas mais de 1,9 mil toneladas de comida, que poderiam atender à população do Sudão por aproximadamente um mês

Na noite de terça-feira (28), uma instalação do PMA (Programa Mundial de Alimentos) foi atacada na região de Darfur, oeste do Sudão. Foram saqueadas mais de 1,9 mil toneladas de comida, quantidade suficiente para alimentar 730 mil pessoas durante um mês.

Nesta quinta-feira (30) dois dias após o incidente, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, condenou os ataques contínuos a instalações, equipamentos e suprimentos da organização, afirmando que os alimentos haviam sido doados às autoridades do Sudão para uso civil em El Fasher.

Boinas azuis da Missão de Paz da ONU e União Africana em Darfur, Sudão (Foto: UN Photo/Albert Gonzalez Farran)

Guterres pediu ao governo do Sudão para restaurar a ordem e garantir que toda a propriedade que pertencia à missão conjunta da ONU e da União Africana, a Unamid, seja estritamente usada pelos civis, como prevê um acordo assinado pelo governo em março deste ano.

O secretário-geral pede ainda às autoridades sudanesas para garantirem a passagem segura e um ambiente de trabalho seguro de todo o pessoal das Nações Unidas que ainda está realizando operações em El Fasher. 

Na nota, divulgada pelo seu porta-voz, António Guterres também destaca sua gratidão aos funcionários civis e militares das Nações Unidas que continuam atuando no terreno em Darfur, apesar das circunstâncias difíceis. 

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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