Ataque de dissidência do Boko Haram termina com 30 mortos na Nigéria

A ISWAP, de dissidentes do Boko Haram, assumiu atentado contra soldados e roubo de armas do Exército

Trinta soldados do Exército da Nigéria foram mortos em um ataque nesta quarta (10), em Borno, nordeste do país e epicentro da insurgência jihadista. O ISWAP (Estado Islâmico da África Ocidental) assumiu a autoria do atentado, segundo a agência independente Sahara Reporters.

Dois veículos carregados de explosivos se chocaram contra um comboio militar em Wulgo. Os terroristas, de uma dissidência do Boko Haram, disseram ter apreendido cerca de 25 rifles AK-47, três armas antiaéreas, três metralhadoras e duas granadas automáticas.

Ataque terrorista termina com 30 soldados mortos na Nigéria
Militantes do ISWAP em anúncio da morte de 30 soldados da Nigéria, em 10 de março de 2021 (Foto: Reprodução/Sahara Reporters/ISWAP)

Os extremistas ainda levaram dois caminhões-atiradores e munições. Quatro veículos militares foram destruídos. Líderes do ISWAP reclamaram o ataque horas depois que tropas da Nigéria enfrentaram os insurgentes em uma troca de tiros na comunidade de Marte.

O ISWAP se separou do Boko Haram em 2016 e, desde então, se concentra em alvos militares e ataques de alto perfil – inclusive contra trabalhadores humanitários.

É comum que o exército nigeriano negue a presença da insurgência e minimize suas perdas para os extremistas. Assim como o Boko Haram e os militantes da Fulani, o ISWAP defende o fim da influência ocidental e a implantação da lei religiosa islâmica da sharia.

Só o ISWAP já causou mais de 40 mil mortes e forçou o deslocamento de milhões de pessoas nas regiões de Adamawa, Borno e Yobe, no norte da Nigéria.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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