Pelo menos 30 pessoas, entre elas 15 soldados e 4 auxiliares das tropas, foram mortas durante ataques de supostos jihadistas, relata o portal Africa News. As ações ocorreram em várias cidades do norte de Burkina Faso, conforme informações do Ministério da Defesa do país divulgadas na quinta-feira (5).
Segundo o órgão governamental, a região “agora está sob o controle das unidades militares, e a contraofensiva para encontrar os autores do ataque está em andamento por terra e ar”.
Além das mortes, houve roubo de gado, e várias propriedades foram incendiadas.
Um responsável regional da milícia armada civil Voluntários de Defesa da Pátria (da sigla em francês VDP) disse que os ataques ocorreram na região administrativa do Sahel, nas cidades de Badnoogo, Bassian, Tokabangou e Gadba, perto da fronteira com o Níger, além do distrito de Pensa, na região centro-norte.
Terror
O país convive desde 2015 com a violência de grupos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico (EI), insurgência que desencadeou uma crise humanitária. Grupos armados lançam ataques ao exército e a civis, desafiando também a presença de milhares de tropas francesas e de forças internacionais.
Os ataques de ambas organizações extremistas já resultaram na mortes de mais de 1,5 mil pessoas e forçaram mais de 1,3 milhão a fugir de suas casas.
O pior ataque jihadista já registrado em Burkina Faso ocorreu em 5 de junho, quando insurgentes incendiaram casas e atiraram em civis ao invadir a vila de Solhan, ao norte do país. Na ocasião, 160 pessoas morreram.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.