A pandemia do novo coronavírus é apenas mais uma das crises que a Somália precisa enfrentar atualmente. Também há inundações e infestação de gafanhotos varrendo o país neste momento.
Os desafios aumentam o risco de perder os ganhos políticos e de segurança obtidos pelo país da África Oriental nos últimos anos, alertam as Nações Unidas.
Cerca de 500 mil pessoas tiveram que sair de suas casas e mais de um milhão de somalis foram afetados pelas recentes enchentes nas regiões centrais do país.
Além disso, a grave infestação de gafanhotos-do-deserto ameaça a segurança alimentar e nutricional da população.
Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), em cada quilômetro quadrado, é possível encontrar até 80 milhões de gafanhotos. Para este ano, espera-se um “aumento dramático”, de cerca de 20 vezes.
Como impacto da pandemia, houve queda no número de remessas enviadas por expatriados e fonte de renda para muitas famílias somalis. A queda da oferta de emprego, causada pelas restrições impostas pelo vírus, também afeta o país.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados nesta sexta (19), a Somália registrou 2,7 mil casos confirmados de Covid-19 e 88 mortes.