ONU condena ataques que mataram inclusive mulheres e crianças na RD do Congo

A menos 131 civis morreram no final de novembro em ações atribuídas ao grupo armado M23, incluindo 17 mulheres e 12 crianças

O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou a decisão do governo da República Democrática do Congo (RDC) de investigar os recentes ataques mortais supostamente cometidos pelo grupo armado M23 (Movimento 23 de Março).

Ele condenou veementemente os ataques, ocorridos em 29 e 30 de novembro nas aldeias de Kishishe e Bambo, localizadas no território de Rutshuru, província de Kivu do Norte, na volátil parte oriental do país. Pelo menos 131 civis foram mortos, incluindo 17 mulheres e 12 crianças, e outros oito ficaram feridos. 

“O secretário-geral expressa suas mais profundas condolências às famílias das vítimas e deseja uma rápida recuperação aos feridos”, disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, em comunicado redigido na sexta-feira (9). “Ele saúda a decisão das autoridades congolesas de investigar esses incidentes com o objetivo de levar os responsáveis ​​à justiça”.

Secretário-geral da ONU, o português António Guterres (Foto: UN Photo/Evan Schneider)

Enquanto isso, o escritório de direitos humanos da ONU na RDC e sua operação de manutenção da paz, a Monusco, continuarão a apoiar o governo nesses esforços. 

“O secretário-geral exorta o M23 e todos os outros grupos armados a cessar imediatamente as hostilidades e se desarmar incondicionalmente”, continuou o comunicado.

Guterres também pediu a todas as partes que facilitem o acesso humanitário às comunidades afetadas e garantam a proteção dos civis e o respeito pelo direito humanitário internacional. Ele ainda sublinhou o compromisso contínuo da ONU em apoiar o governo congolês e o povo em seus esforços para trazer paz e estabilidade no leste do país. 

Os ataques são os últimos de uma série de violência infligida a civis por grupos armados no leste da RDC. O chefe da Monusco, Bintou Keita, afirmou ao Conselho de Segurança da ONU que a situação de segurança no leste do país “deteriorou-se dramaticamente” nas últimas semanas.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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