Em artigo publicado no “Wall Street Journal” último no dia 3, o diretor de inteligência nacional dos EUA, John Ratcliffe, afirma que a China conduziu testes em humanos para desenvolver soldados com “características aprimoradas biologicamente”.
Ratcliffe referia-se a um artigo escrito por dois norte-americanos no ano passado, que apontava supostas ambições chinesas de aplicar a biotecnologia aos campos de batalha. Não há qualquer evidência pública sobre os alegados testes da China.
Segundo Ratcliffe, Beijing usa a edição de genes CRISPR para melhorar o desempenho dos soldados. O método já é usado para tratar doenças genéticas e modificar plantas. A ética médica, no entanto, impede que profissionais usem a edição em humanos saudáveis.

“Não há limites éticos para a busca de poder de Beijing”, disse o republicano Ratcliffe, que representou o Texas como deputado no Congresso norte-americano. No artigo, o agente ressalta a China como a grande ameaça à segurança econômica e nacional dos EUA.
“A China representa a maior ameaça hoje, não só ao país, mas também à democracia e liberdade em todo o mundo desde a Segunda Guerra Mundial”, escreveu. Segundo ele, Beijing busca a dominação dos EUA e do resto do planeta.
Em entrevista à emissora Fox News, Ratcliffe pediu que o presidente eleito, Joe Biden, “seja honesto” sobre o avanço chinês. Em suas aparições públicas, o democrata concordou que o país asiático representa uma ameaça, mas disse discordar da postura de Donald Trump.
“[Trump] ofereceu mais arrogância do uma resposta de substância à questão”, afirmou Biden à emissora NBC. O governo chinês não respondeu ao pedido de comentário.