A Marinha do Equador descobriu na última semana uma enorme frota de cerca de 260 navios pesqueiros, em sua maioria de bandeira chinesa, próximos às Ilhas Galápagos.
Segundo o jornal britânico The Guardian, as embarcações circulam em águas internacionais. O local fica depois de uma zona econômica exclusiva ao redor do arquipélago, cuja gigantesca biodiversidade inspirou a teoria da evolução de Charles Darwin.

A presença da frota já levanta a possibilidade de sérios danos ao delicado ecossistema marinho das Ilhas Galápagos, declarada patrimônio mundial da Unesco em 1978.
Apesar de o movimento dos navios ser observado com frequência, especialistas apontam que essa é uma das maiores frotas já vistas nos últimos anos.
Uma equipe equatoriana tentará aplicar acordos internacionais para proteger as espécies migratórias e solicitar aos chineses para retirarem as frotas. Os esforços devem incluir ainda a extensão da zona econômica exclusiva.
O presidente do Equador, Lenín Moreno, descreveu o arquipélago como “uma das áreas mais ricas e um viveiro de vida para todo o planeta”. Já a Unesco caracteriza o local como “um museu vivo e uma vitrine para a evolução”.
Segundo o ministro da Defesa do Equador, Oswaldo Jarrín, a marinha está em alerta para evitar um incidente semelhante ao de 2017. Foi quando um navio chinês foi encontrado transportando 300 toneladas de vida selvagem marinha, sobretudo tubarões.