A diretora-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Audrey Azoulay, reiterou nesta segunda (22) a importância de proteger jornalistas na cobertura de manifestações.
Azoulay se mostrou preocupada com o crescente número de casos de violência e do uso excessivo da força contra repórteres por parte de forças policiais.
Foram registrados mortes e ferimentos de repórteres envolvidos em coberturas das manifestações que ocorreram em todo o mundo nas últimas semanas. Há casos de profissionais detidos e equipamentos confiscados ou destruídos.
Para a diretora-geral, “a liberdade de expressão é um componente vital da democracia, e a reportagem de jornalistas sobre eventos é essencial para a liberdade de imprensa e para o direito à informação“.
Em maio, a CNN registrou nos Estados Unidos pelo menos meia dúzia de jornalistas que enfrentaram ataques e prisões nas passeatas. Manifestantes pisaram e chutaram um fotojornalista da KDKA TV, em Pittsburgh. Ele teve a câmera destruída.
Segundo a Al-Jazeera, um jornalista foi preso em um protesto em Nova York, após um policial o agredir.
O U.S Press Freedom Tracker contabilizou, até esta segunda, mais de 441 incidentes envolvendo a imprensa. Desse total, foram mais de 60 prisões e 102 ataques físicos.
No Brasil, jornalistas e fotógrafos foram agredidos em manifestações, em várias cidades brasileiras, que pediam a intervenção militar e o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso.