Pandemia mina competitividade do turismo na América Latina, segundo análise

Fatores como infraestrutura fraca, segurança pública ruim e sistemas de saúde deficientes devem atrasar recuperação

A indústria do turismo na América Latina precisa passar por transformações após a pandemia do novo coronavírus para voltar a ser competitiva, aponta análise do Fórum Econômico Mundial publicada na última quarta (15).

Segundo a organização, a crise de saúde global mudou os fatores que fortalecem o setor do turismo de um país. A capacidade do sistema de saúde e a oferta digital de pacotes de viagem e passeios ganharam importância.

Outros elementos são agora menos relevantes, como abertura internacional, com turistas vindos de todas as partes do mundo — um dos principais ativos de destinos na América Latina e Caribe, onde o turismo representa 10,2% do PIB (Produto Interno Bruto).

Outros desafios são condições comerciais desfavoráveis, problemas de segurança e proteção dos turistas, infraestrutura pouco desenvolvida e questões ambientais.

Pandemia deve forçar mudanças no turismo na América Latina
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (Foto: Diego Baravelli/Wikimedia Commons)

Saúde

Países europeus, por exemplo, oferecem melhores chances de conter e gerenciar casos de coronavírus do que países com menos recursos.

Segundo o Fórum Econômico Mundial, essa capacidade ajuda na reabertura do setor do turismo. Na América Latina e no Caribe, onde há 42% menos leitos por 10 mil habitantes do que a média global, é difícil falar em retomada do turismo com segurança até que a questçao seja endereçada.

Para a organização, países da região precisam reavaliar projetos em andamento e direcionar atenção para as áreas mais críticas. Entre elas, o oferecimento de uma infraestrutura que equilibre o turismo e a demanda local.

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