O Taleban realiza uma média de 30 ataques por dia às forças de segurança do Afeganistão, após o fim do cessar-fogo da celebração que marca o fim do jejum do Ramadã, o Eid-ul-Fitr.
Segundo o canal de notícias afegão Tolo News, as autoridades afegãs tinham esperança de que o cessar-fogo permanecesse mesmo após o fim da celebração muçulmana, o que não aconteceu.
Fontes ouvidas pela reportagem apontam que, um dia após o Eid, as forças afegãs lançaram um ataque aéreo na província de Zabul, que tinha como alvo os extremistas. Em retaliação, o Taleban também teria lançado uma série de ataques em três províncias.

A violência aumentou após a assinatura do acordo entre Taleban e Estados Unidos, em fevereiro, em Doha, no Qatar. De forma inesperada, no dia 22 de maio, foi anunciado uma trégua de três dias com o governo afegão.
Em resposta, o presidente Ashraf Ghani teria prometido libertar mais de dois mil prisioneiros talebans e concentrar-se em promover os esforços pela paz na região.
O governo do Afeganistão vem pressionando o Taleban a abandonar a violência para ajudar a preparar um caminho para negociações entre os dois lados.
Revés
Em abril, o Afeganistão registrou o menor número de mortes de civis em um primeiro trimestre pela primeira vez desde 2012, de acordo com um relatório divulgado pelas Nações Unidas.
A queda foi de quase um terço em relação ao mesmo período do ano passado, mas 533 civis já morreram entre janeiro e março deste ano. Entre o total, 150 eram crianças.
De acordo com a ONU, 53% dessas mortes foram causadas por elementos anti-governo, como o Taleban; 37% são de responsabilidade de forças pró-governo; e 10% foram vítimas de fogo-cruzado.