Pensamento do presidente Xi Jinping será incluído no currículo escolar da China

Segundo o Ministério da Educação da China, objetivo da decisão é "ajudar os adolescentes a estabelecer crenças marxistas"

O pensamento do presidente Xi Jinping será adicionado ao currículo escolar da China, desde a escola primária até a universidade. A informação foi divulgada pelo Ministério da Educação (MOE, na sigla em inglês) chinês e reproduzida pela agência estatal Global Times.

“Incorporar o pensamento de Xi Jinping sobre o ‘Socialismo com Características Chinesas Para Uma Nova Era’ no currículo é significativo para ajudar os adolescentes a estabelecer crenças marxistas e fortalecer a confiança no caminho, na teoria, no sistema e na cultura do socialismo com características chinesas”, diz o texto.

Como Mao, presidente Xi Jinping será incluído no currículo escolar da China
Xi Jinping, presidente da China, fala a crianças em evento de abril de 2021 (Foto: divulgação/cpc.people.com.cn/)

Com a decisão, o governo tem mais uma ferramenta para fortalecer a presença do Partido Comunista Chinês (PCC) na sociedade desde cedo. “As escolas primárias se concentrarão em cultivar o amor pelo país, pelo Partido Comunista Chinês e pelo socialismo”, diz a agência.

A decisão coloca Xi ao lado de Mao Tsé-Tung, fundador do partido e cujo pensamento também faz parte do currículo educacional chinês. Antes disso, o conceito do “Socialismo com Características Chinesas Para Uma Nova Era” já havia sido inserido na Constituição chinesa, em 2018.

O currículo educacional ainda sofrerá outra mudança, igualmente com a intenção de fortalecer as ideias do partido. “O Ministério está trabalhando na inclusão de outros conteúdos temáticos importantes, como liderança partidária, educação para a defesa nacional, educação sobre segurança de vida e saúde”, segundo Tian Huisheng, funcionário do MOE.

Hoje, o PCC é a maior instituição política do mundo, com mais de 90 milhões de afiliados. O “socialismo com características chinesas”, implantado por Deng Xiaoping há quatro décadas e mantido por seus sucessores, levou o país ao posto de segunda maior economia do mundo.

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