Nas grandes economias, maioria tem visão negativa do governo chinês, diz pesquisa

A grande maioria das pessoas ouvidas concorda que a China não respeita as liberdades individuais de seus cidadãos

Em meio às celebrações pelo centenário do Partido Comunista Chinês (PCC), completado no dia 1º de julho, uma pesquisa do instituto Pew Research Center indica uma grande rejeição ao governo chinês por parte da população de países com economias desenvolvidas de três continentes: Europa, América do Norte e Ásia.

A pesquisa englobou 17 países e, em 15 deles, a maioria dos entrevistados tem uma visão desfavorável ​​de Pequim. A grande maioria das pessoas ouvidas pelo Instituto também concorda que a China não respeita as liberdades individuais de seus próprios cidadãos.

Governo chinês tem rejeição histórica em países desenvolvidos, aponta pesquisa
Praça Tiananmen, em Beijing, abril de 2020 (Foto: Nick Fewings/Unplash)

A estatística mais impactante da pesquisa aponta que 80% dos entrevistados de 16 nações entendem que o governo chinês não respeita as liberdades individuais de seus próprios cidadãos. A exceção nesse caso é Singapura. Embora a desconfiança não tenha atingido 80% na cidade-Estado, como nos outros 16 países, ela ainda é alta por lá: 60% dos singapurenses ouvidos entendem que a China não respeita as liberdades da população local.

As opiniões sobre a China são amplamente negativas na maioria das economias avançadas do mundo. Esse é o ponto de vista de três quartos dos entrevistados de cinco países: Japão, Suécia, Austrália, Coreia do Sul e Estados Unidos. Em outros dez países, os números variam entre 57% (Espanha) e 73% (Canadá). Em apenas dois países, Grécia (42%) e Singapura (34%), menos de 50% dos entrevistados têm uma visão negativa do governo chinês.

Embora as opiniões gerais não tenham mudado significativamente na maioria dos países, em relação a 2020, elas aumentaram em quatro locais: Áustria, Canadá, Suécia e Reino Unido. O Instituto sugere que esse aumento remete às tensões bilaterais entre as respectivas nações e o governo chinês, além da impressão por parte dos entrevistados de que a pandemia foi mal administrada por Beijing.

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