ONU alerta Coreia do Norte sobre escalada de tensões após lançamento de míssil

País asiático não lançava esse tipo de projétil há quase cinco anos A mais nova ação belicista foi condenada por nações ocidentais

A ONU (Organização das Nações Unidas) condenou nesta quinta-feira (24) a iniciativa da Coreia do Norte de realizar um novo teste de míssil balístico intercontinental, o primeiro desde 2017. Para a entidade, o lançamento é mais violação da moratória anunciada pelo país em 2018.

O projétil teria voado a uma altitude de 1,1 mil quilômetros e por mais de uma hora. Os dados foram informados pelo Japão, em cujas águas o míssil caiu. O lançamento já foi condenado por várias nações vizinhas e pelos Estados Unidos

Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte (Foto: Divulgação/kcnawatch.org)

Em sua nota, o chefe da ONU, António Guterres, repudia a ação com veemência e diz que isso “coloca toda a região em risco de uma escalada significativa de tensões”. Ele ainda pediu à Coreia do Norte que “desista de tomar quaisquer outras ações contraproducentes.”

O secretário-geral reafirmou o compromisso de trabalhar com todas as partes na busca de uma “solução diplomática pacífica para a desnuclearização completa e verificável” da Península Coreana. 

Por que isso importa?

A movimentação militar de Pyongyang aumenta a tensão na região, já que o país tem encarado a Coreia do Sul e as demais nações ocidentais como “inimigas”. O regime comunista afirma que não há “necessidade de se sentar frente a frente com as autoridades sul-coreanas e não há questões a serem discutidas com eles”. Isso inclui a questão nuclear.

Ao lado de EUA e Japão, os sul-coreanos têm pressionado Pyongyang a evitar a proliferação de armas nucleares e cooperar para manter a paz e a estabilidade na península. As negociações pela desnuclearização do país, porém, estão travadas desde 2019.

A Coreia do Norte quer que os EUA e aliados suspendam as sanções econômicas impostas a seu programa de armas. Até agora, o presidente Kim Jong-un recusou as tentativas de aproximação diplomática do líder norte-americano Joe Biden. A Casa Branca, por sua vez, diz que não fará concessões para que Pyongyang volte às negociações.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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