O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, chegou a Beijing na segunda-feira (14) para se reunir com seu homólogo chinês, que solicitou um aumento na cooperação militar entre os dois países. As informações são do South China Morning Post.
Desde a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, os países fortaleceram seus laços, formando uma aliança que tem causado preocupação no Ocidente, enquanto ambos buscam ampliar sua influência global.
Durante sua estadia na China, Belousov deve “realizar uma série de negociações com a liderança militar e político-militar do país”, conforme informou o Ministério da Defesa russo.
Um vídeo divulgado pelo ministério mostrou Belousov sendo recebido por militares chineses em Beijing, enquanto uma banda do exército tocava o hino nacional da Rússia.
Durante uma reunião em Beijing, o ministro da Defesa chinês, Dong Jun, pediu a Belousov que os dois países aprofundassem a colaboração estratégica e avançassem nas relações militares. Dong ressaltou que as relações entre China e Rússia, sob a liderança de Xi Jinping e Vladimir Putin, atingiram um nível histórico e servem como modelo para grandes potências. Belousov, por sua vez, destacou que a amizade entre os líderes é crucial para fortalecer os laços estratégicos entre as nações.
Ele afirmou que a cooperação militar entre China e Rússia tem sido fundamental para a “manutenção da estabilidade global e regional”.
Durante encontro nesta terça-feira (15) com Zhang Youxia, vice-presidente da Comissão Militar Central da China, Belousov declarou: “Os Ministérios da Defesa da Rússia e da China compartilham avaliações semelhantes sobre os processos globais e possuem um entendimento mútuo sobre as ações necessárias diante da situação atual”.
Zhang, segundo a agência Tass, declarou que a China está disposta a fortalecer suas relações militares com a Rússia e a manter intercâmbios de alto nível entre os dois países, visando promover a cooperação internacional e a estabilidade regional.
China e Rússia estabeleceram uma parceria “sem limites” pouco antes da invasão da Ucrânia por Moscou, e desde então, os dois países têm realizado uma série de exercícios militares conjuntos.
Em agosto, o presidente Vladimir Putin afirmou que os laços econômicos e comerciais entre a Rússia e a China estavam “produzindo resultados” e que os dois países estavam colaborando em projetos “econômicos e humanitários” conjuntos.
No mês passado, navios de guerra russos e chineses participaram de exercícios conjuntos no Mar do Japão, como parte de um grande exercício naval que Putin declarou ser o maior desse tipo em três décadas.