Supostos ciberataques derrubam internet na Coreia do Norte

Problema voltou a acontecer um dia após o país realizar o quinto teste de mísseis somente neste mês

A internet da Coreia do Norte foi atingida nesta quarta-feira (26) pela segunda onda de cortes abruptos nas últimas semanas. Segundo especialistas, a causa pode ter sido um ataque hacker do tipo DDoS – tentativa de deixar um servidor, serviço ou infraestrutura indisponível, fora de serviço. As informações são da agência Reuters.

O último incidente ocorreu na manhã de quarta (horário local), um dia após a nação asiática ter realizado seu quinto teste de mísseis somente no mês de janeiro.

Um episódio semelhante havia sido registrado no dia 14 de janeiro, segundo informou o NK Pro, um site de notícias independente focado nas questões que envolvem Pyongyang.

Estudantes em aula de informática em Pyongyang (Foto: Wikimedia Commons)

De acordo com Junade Ali, pesquisador de segurança cibernética britânica responsável pelo monitoramento de diversos servidores de e-mail e web norte-coreanos, no pico do suposto ataque, todo o tráfego para a Coreia do Norte havia sido retirado.

“Quando alguém tenta se conectar a um endereço IP na Coreia do Norte, a internet literalmente não consegue encaminhar seus dados para o país”, disse ele.

A natureza simultânea das interrupções do servidor sugeriu um ataque DDoS, no qual hackers tentam “inundar uma rede com volumes incomumente altos de tráfego de dados para paralisá-la”, disse Ali.

Horas mais tarde, os servidores de e-mail voltaram a ficar acessíveis. Porém, serviços de internet individuais de instituições como a companhia aérea Air Koryo, o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte e o Naenara – o portal oficial do governo norte-coreano – continuaram apresentando problemas e períodos de inatividade.

O acesso à rede mundial de computadores é fortemente restrito no país liderado por Kim Jong-un. Não se tem dados precisos sobre quantas pessoas têm acesso direto à internet global, mas as estimativas apontam para 1% da população, que é de cerca de 25 milhões de habitantes.

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