O México e a União Europeia completaram a negociação de um acordo comercial, iniciada em 2016, segundo comunicado emitido pela Comissão Europeia nesta terça (28).
O próximo passo é a assinatura e ratificação das tratativas, de um lado pelo governo mexicano e, por outro, pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, que reúne chefes de Estado e de Governo dos membros.
O novo acordo comercial substitui e “moderniza”, segundo a UE, um pacto de 2001. Quando o compromisso entrar em vigor, após ratificação pelas duas partes, a maioria dos produtos comercializados não serão taxados.
Também estão previstas regras como a implementação do acordo do clima de Paris e simplificação de processos aduaneiros, para facilitar o envio e recebimento de mercadorias.
Segundo o comunicado, é a primeira vez que o bloco “concorda com um país latino-americano sobre questões relacionadas à proteção de investimentos” – ou seja, garantias para que recursos aportados não sejam perdidos por fraude ou má gestão, por exemplo.
O informe da Comissão Europeia enfatizou também ser “o primeiro acordo de comércio da UE que inclui provisões para combater a corrupção, com medidas de ação contra propinas e lavagem de dinheiro”.
![México e UE fecham tratativas para acordo comercial](https://areferencia.com/wp-content/uploads/2020/04/O-parlamento-europeu-em-Bruxelas-na-Bélgica-onde-o-acordo-com-o-México-deve-ser-ratificado-Foto-UN-Photo.jpg)
O primeiro acordo entre o México e a União Europeia foi assinado em 1997, três anos depois do início do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), com Canadá e EUA.
Já o Brasil aguarda solução do impasse para início do acordo de livre comércio da UE com o Mercosul, que inclui Paraguai, Uruguai e Argentina.
As negociações foram concluídas em junho de 2019, mas países como a França se opõem à ratificação do acordo por se opor à condução da política ambiental do Brasil.
O país representou, em 2016, 30,8% do comércio total da União Europeia com a América Latina e é seu principal fornecedor de produtos agrícolas.