A união de lideranças do Kosovo, no sudeste da Europa, é necessária para combater o novo coronavírus, afirmou o alto funcionário das Nações Unidas no Kosovo, Zahir Tanin, durante reunião do Conselho de Segurança da ONU na última sexta (24).
No encontro, Tanin pediu que os líderes políticos deixem suas agendas de lado durante o período de pandemia e lembrou que o país está vulnerável a um surto maior da doença. “Mesmo com os esforços heroicos sendo feitos pelo pessoal médico, os recursos de saúde de Kosovo estão sendo escassos.”
Outra preocupação do país é em relação a sua política interna. No dia 25 de março, o governo de coalizão do Kosovo foi rejeitado após um voto de não-confiança do parlamento. O ato foi seguido por uma disputa sobre declarar estado de emergência por conta do coronavírus.
“É uma característica infeliz no Kosovo que as divisões políticas tenham desviado a atenção de muitos líderes da crise de saúde“, afirmou Tanin. “Essas divisões serviram para reduzir a confiança da população na liderança política durante esse período de muita ansiedade e incertezas.”
O alto funcionário da ONU pediu mais recursos para apoiar os grupos mais vulneráveis. O país recebeu 100 milhões de euros em ajuda da União Europeia e US$ 56,5 milhões em empréstimo de emergência do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Ajuda de outros países
Recentemente, o Kosovo recebeu doações de kits médicos da Sérvia, após as autoridades dos dois países trabalharem em um melhor diálogo. A tarifa imposta aos bens da Sérvia e da Bósnia-Herzegovina que entram no Kosovo foi removida pelo governo kosovar.
O Kosovo, país de maioria albanesa que pertenceu à Iugoslávia, tem seu território disputado pela Sérvia. Declarou independência em 2008, mas até hoje não é reconhecido por nações como o Brasil e a Rússia. Os EUA e a maior parte da Europa ocidental entendem que o Kosovo é uma nação independente.