Austrália pede apoio global em investigação sobre a Covid-19

Proposta também é apoiada por países como Reino Unido, Canadá e Rússia; plano deve ser apresentado pela OMS

A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne, já conta com o apoio de mais de 120 países para uma investigação sobre o surto do novo coronavírus. As informações são do jornal britânico The Guardian.

A proposta é apoiada por países como Reino Unido, Rússia, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Com a investigação, sugere-se uma revisão da resposta do mundo à Covid-19. A apresentação do plano deve ser feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Marise Payne afirma que o crescente apoio à investigação é uma “vitória para a comunidade internacional”. A Austrália tem sido uma das maiores e mais precoces defensoras de uma análise independente sobre o surto do coronavírus. Já a China alega que a iniciativa seria uma manobra política contra Pequim.

Os exportadores australianos estão preocupados. A China já vem impondo restrições à carne australiana e agora propõe tarifas de até 80% à cevada.

Ministros australianos relatam dificuldade de conversar com os chineses. A Austrália ainda não descartou a opção de levar o assunto à OMC (Organização Mundial do Comércio) caso a China avance com a medida.

Austrália pede apoio global em investigação independente do Covid-19
Ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne (Foto: CTBT/Reprodução)

A China tem sido menos crítica em relação as tentativas da União Europeia. A iniciativa é semelhante: entre outras questões, sugere uma “revisão” das lições aprendidas com a pandemia.

A senadora australiana Concetta Fierravanti afirmou que a proposta está diluída, sem nenhuma menção à China. No entanto, Payne afirma que o texto é abrangente e disse ser “encorajador” o apoio que conquistou dos outros países.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, afirmou que o país também apoia a proposta. “Não estamos interessados em culpa, caça às bruxas. Estamos interessados em aprender”, afirmou à Sky News.

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