Sublinhagem Ômicron BA.2 continua sendo uma variante de preocupação, diz OMS

Dados iniciais sugerem que A BA.2 É mais transmissível do que BA.1, atualmente a sublinhagem Ômicron mais comum

O vírus BA.2, uma sublinhagem da mutação Ômicron que causa a Covid-19, deve continuar sendo considerado uma variante de preocupação. A afirmação partiu de cientistas convocados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que emitiram um comunicado sobre a situação na terça-feira (22).

A BA.2 também deve permanecer classificada como Ômicron, de acordo com o Grupo Técnico Consultivo da OMS sobre Evolução do Vírus SARS-CoV-2 (TAG-VE), causador da doença. O grupo de especialistas se reúne regularmente para discutir os dados disponíveis sobre transmissibilidade e gravidade das variantes, bem como seu impacto no diagnóstico, na terapêutica e nas vacinas.

Os cientistas enfatizaram que as autoridades de saúde pública devem continuar a monitorar a BA.2 como uma sublinhagem distinta da Ômicron, atualmente a variante dominante que circula globalmente. Ela composta por várias sublinhagens, incluindo BA.1 e BA.2, todas monitoradas pela OMS e parceiros.

Estudantes recebendo merenda no Uganda durante pandemia (Foto: Unicef/Francis Emorut)

A BA.2 está entre as sublinhagens mais comuns, com sequências relatadas aumentando nas últimas semanas em relação a BA.1, embora a circulação global de todas as variantes esteja diminuindo atualmente. Os especialistas explicaram que a BA.2 difere de BA.1 em sua sequência genética e que tem uma vantagem de crescimento sobre essa sublinhagem.

Embora os estudos estejam em andamento para entender o porquê, os dados iniciais sugerem que a BA.2 parece inerentemente mais transmissível do que BA.1, atualmente a sublinhagem Ômicron mais comum relatada. No entanto, essa diferença de transmissibilidade parece ser muito menor do que entre BA.1 e a variante Delta, disseram os especialistas.

Enquanto isso, embora as sequências BA.2 estejam aumentando em proporção em relação a outras sublinhagens Ômicron, ainda há um declínio relatado em casos globais globalmente.

Além disso, embora tenham sido documentados casos de reinfecção com BA.2 após a infecção com BA.1, dados preliminares de estudos mostram que a infecção com BA.1 oferece forte proteção contra a reinfecção com BA.2.

A agência da ONU instou os países a permanecerem vigilantes, monitorarem e relatarem sequências e realizarem análises independentes e comparativas das diferentes sublinhagens da Ômicron. Globalmente, havia mais de 424 milhões casos de Covid-19 na terça-feira (22) e mais de 5,8 milhões de mortes, segundo dados da OMS.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News

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