Vacinas são eficazes por até seis meses contra casos graves de Covid-19, diz OMS

Órgão projeta que o número de casos continuará a aumentar no mundo com a Ômicron, embora os sintomas sejam mais leves que os da Delta

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou na quinta-feira (9) que as vacinas disponíveis contra a Covid-19 são eficazes, em casos mais graves da doença, por até seis meses após a segunda dose, ou após dose única, dependendo do fabricante. Depois disso, a eficácia pode ser reduzida, especialmente em pessoas acima de 65 anos e com condições médicas preexistentes.

As informações foram divulgadas pela OMS num encontro com a imprensa, no qual também se falou sobre a nova variante Ômicron e sobre a atuação das vacinas contra essa nova cepa. De acordo com diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, a expectativa é de que o número de casos continue a aumentar no mundo, embora as evidências mostrem que os efeitos são mais leves do que os causados pela Delta, ainda predominante.

A Moldávia foi o primeiro condado europeu a receber vacinas por meio do consórcio Covax Facility (Foto: UN Moldova/Divulgação)

A OMS afirma que a vacina Janssen, de dose única, é eficaz para fornecer imunidade total. No entanto, para os países que decidirem utilizar uma dose de reforço, a recomendação é para que seja administrada de dois a seis meses após a primeira. 

De acordo com a entidade, para melhores resultados, a segunda dose deve ser aplicada o mais tarde possível dentro desse período, especialmente em pessoas acima de 65 anos.

Américas 

No evento, a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) informou que seis países já registraram casos da nova variante. A diretora da agência, Carissa Etienne, conta que há uma corrida para que 20 países atinjam a marca de 40% de imunizados até o final do ano. 

Mais de 780 mil novas infecções e cerca de 10,9 mil mortes foram relatadas nas Américas na semana passada. Até agora, 55% dos latino-americanos e caribenhos completaram a imunização. Em algumas nações, incluindo Guatemala, Haiti, Jamaica e São Vicente e Granadinas, a cobertura permanece muito menor.

África

De acordo com o escritório da OMS na África, o continente possui 46% dos quase mil casos de Ômicron no mundo. Até agora, dez países no continente notificaram casos.

A entidade também criticou as proibições de viagens em mais de 70 nações para diversos destinos africanos, inclusive alguns que não relataram nenhum caso de Ômicron.

A África recebeu até agora mais de 372 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 e administrou 248 milhões. O número representa apenas 3% dos 8,2 bilhões de doses aplicadas em todo o mundo. De acordo com a OMS, o ritmo da vacinação aumentou nos últimos meses, mas apenas 7,8% da população africana está totalmente vacinados.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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