O livro clássico de Edmund Burke, “Reflexões sobre a Revolução Francesa”, foi retirado das prateleiras da China, informou a estação americana Radio Free Asia, na última terça (18).
A obra, publicada em 1790, fazia parte de uma coletânea de não-ficção do exterior. O livro já saiu do site de vendas da editora da província chinesa de Jiangxi, no sudoeste do país.
Acredita-se que a censura foi resposta à editora por republicar a série “Clássicos Traduzidos do Conservadorismo Ocidental” no início do mês.
A China é conhecida por confiscar obras que desagradem o governo. Em outubro de 2019, 65 livros foram removidos das bibliotecas públicas.
No dia 10, o livro “Pequena História do Mundo para Crianças”, do escritor americano V. M. Hillyer, também foi retirado do acesso público.
A obra fala da China como a fonte da Peste Negra, doença do século 14 conhecida como a mais devastadora da humanidade.
Em março, censores do governo confiscaram os livros do escritor peruano Mario Vargas Llosa, após o autor comentar sobre a origem chinesa da Covid-19.
O escritor sueco, Wan Zhi, afirmou que as censuras a livros ocidentais aumentaram consideravelmente após Xi Jinping assumir a presidência da China, em 2013.