Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
Preparar mulheres e jovens empreendedores com habilidades, recursos e orientação irá impulsionar o crescimento da África. Essa foi a conclusão do evento que reuniu líderes e especialistas na sessão anual da Comissão Econômica para Ministros Africanos, no domingo (21).
O painel de discussão priorizou os desafios que mulheres e jovens empreendedores enfrentam. Os ministros questionaram como podem alavancar a tecnologia e quais práticas podem promover o empreendedorismo após a pandemia.
A chefe da seção de urbanização da ECA (Comissão Econômica da ONU para a África), Edlam Yemeru, disse que informações sobre empreendedorismo, acesso a financiamento, ambiente propício e desenvolvimento de habilidades são essenciais para ajudar mulheres e jovens empreendedores a prosperar.
Já a diretora do Unfpa (Fundo de População das Nações Unidas) para Atividades Populacionais, Diene Keita, afirmou que as tecnologias digitais são um caminho para superar a crise. “Ao explorar os talentos, aceleraremos o progresso para alcançar os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável)”, disse.
Dificuldades
Com pouco investimento, a África tem uma alta taxa de desemprego, de cerca de 15%, que afeta principalmente mulheres e jovens. Globalmente, o continente tem uma posição elevada em termos de empresas recentes, conhecidas como startups, lideradas por mulheres e jovens.
No entanto, esses grupos têm contribuições econômicas limitadas devido a desafios como acesso limitado a financiamento, treinamento e tecnologia. Por exemplo, a lacuna de gênero no acesso à internet aumentou de 20% em 2013 para 33% em 2019.
Ao mesmo tempo, os jovens representam 60% da população desempregada. As evidências mostram que essas desigualdades estão aumentando devido à pandemia e falta de investimento na África.
O painel de discussão sugeriu, entre outras propostas, que empreendedores tenham orientação personalizada. Outra recomendação é que parte dos fundos públicos vá para startups de mulheres e que os bancos criem um critério de empréstimo para pequenas empresas.