Depois de Noruega, Espanha e Irlanda, a Eslovênia é o mais recente membro da União Europeia (UE) a reconhecer oficialmente um Estado palestino independente. A confirmação veio na terça-feira (4) após uma votação do parlamento local, segundo informações da agência Reuters.
O reconhecimento por parte do governo esloveno já era esperado e foi confirmado com o aval da maioria dos parlamentares, que assim rejeitaram o pedido da oposição por um referendo consultivo que poderia atrasar a decisão em ao menos um mês.
“O reconhecimento de hoje da Palestina como um Estado soberano e independente envia esperança ao povo palestino na Cisjordânia e em Gaza”, disse o primeiro-ministro Robert Golob na rede social X, antigo Twitter.

Tanja Fajon, ministra das Relações Exteriores eslovena, também exaltou a decisão. “Querido povo da Palestina, a decisão final de hoje da Eslovênia é uma mensagem de esperança e paz. Acreditamos que apenas uma solução de dois Estados pode levar a uma paz duradoura no Oriente Médio. A Eslovênia continuará trabalhando incansavelmente na segurança de ambos, palestinos e israelenses”, disse.
Em sua conta no X, a chefe da diplomacia da Eslovênia afirmou ainda que o reconhecimento “é uma expressão do nosso compromisso com a paz e a justiça” e que seu país “está do lado certo da história, contribuindo para a solução de dois Estados por uma paz duradoura.”
Today is a historic day!The National Assembly of🇸🇮has officially recognized Palestine,making🇸🇮the 147th country to do so.This recognition is an expression of our commitment to peace&justice.🇸🇮is on the right side of history,contributing to the twostate solution for lasting peace. pic.twitter.com/IziP2BA44u
— Tanja Fajon (@tfajon) June 4, 2024
Ao contestar a decisão, a oposição alegou que o reconhecimento do Estado palestino serve apenas para “premiar a organização terrorista Hamas“. Entretanto, o governo, que detém maioria entre os 90 membros do parlamento local, conseguiu aprovar a medida com 52 votos.
Agora são 147 os países que reconhecem o Estado palestino, entre eles 12 da UE, contando a Eslovênia. Os demais são Espanha, Noruega, Irlanda, Suécia, Chipre, Hungria, República Tcheca, Polônia, Eslováquia, Romênia e Bulgária. Malta tende a ser o próximo membro do bloco a fazê-lo.
Os anúncios mais recentes, dos governos espanhol, norueguês, irlandês e esloveno, dão força à causa e tendem a incentivar outras nações, sobretudo da UE, a adotarem a mesma medida. Também oferecem grande visibilidade ao clamor dos palestinos em meio à guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, com mais de 35 mil mortos, a maioria civis.