Eslovênia é o mais novo membro da União Europeia a reconhecer o Estado palestino

Ministra eslovena diz que seu país 'está do lado certo da história, contribuindo para a solução de dois Estados por uma paz duradoura'

Depois de NoruegaEspanha e Irlanda, a Eslovênia é o mais recente membro da União Europeia (UE) a reconhecer oficialmente um Estado palestino independente. A confirmação veio na terça-feira (4) após uma votação do parlamento local, segundo informações da agência Reuters.

O reconhecimento por parte do governo esloveno já era esperado e foi confirmado com o aval da maioria dos parlamentares, que assim rejeitaram o pedido da oposição por um referendo consultivo que poderia atrasar a decisão em ao menos um mês.

“O reconhecimento de hoje da Palestina como um Estado soberano e independente envia esperança ao povo palestino na Cisjordânia e em Gaza”, disse o primeiro-ministro Robert Golob na rede social X, antigo Twitter.

Imagem do parlamento da Eslovênia em 8 de maio (Foto: Facebook/perfil oficial)

Tanja Fajon, ministra das Relações Exteriores eslovena, também exaltou a decisão. “Querido povo da Palestina, a decisão final de hoje da Eslovênia é uma mensagem de esperança e paz. Acreditamos que apenas uma solução de dois Estados pode levar a uma paz duradoura no Oriente Médio. A Eslovênia continuará trabalhando incansavelmente na segurança de ambos, palestinos e israelenses”, disse.

Em sua conta no X, a chefe da diplomacia da Eslovênia afirmou ainda que o reconhecimento “é uma expressão do nosso compromisso com a paz e a justiça” e que seu país “está do lado certo da história, contribuindo para a solução de dois Estados por uma paz duradoura.”

Ao contestar a decisão, a oposição alegou que o reconhecimento do Estado palestino serve apenas para “premiar a organização terrorista Hamas“. Entretanto, o governo, que detém maioria entre os 90 membros do parlamento local, conseguiu aprovar a medida com 52 votos.

Agora são 147 os países que reconhecem o Estado palestino, entre eles 12 da UE, contando a Eslovênia. Os demais são Espanha, Noruega, Irlanda, Suécia, Chipre, Hungria, República Tcheca, Polônia, Eslováquia, Romênia e Bulgária. Malta tende a ser o próximo membro do bloco a fazê-lo.

Os anúncios mais recentes, dos governos espanhol, norueguês, irlandês e esloveno, dão força à causa e tendem a incentivar outras nações, sobretudo da UE, a adotarem a mesma medida. Também oferecem grande visibilidade ao clamor dos palestinos em meio à guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, com mais de 35 mil mortos, a maioria civis.

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