O principal tribunal criminal do Reino Unido reconduziu o ex-líder do grupo terrorista britânico Al-Muhajiroun, chamado de “LF”, à prisão nesta segunda-feira (22). O registro é do jornal saudita “Arab News”.
O homem, que teve seu nome preservado por questões legais, responde a seis acusações. Ele deve permanecer preso por três anos e dois meses após se declarar culpado ao tribunal, confirmou o diário britânico “Daily Mail”.
LF é próximo a Anjem Choudary, terrorista preso pelo ataque que matou oito pessoas na London Bridge, em 2019. Autoridades ainda o acusam pelos atentados a bomba de 7 de julho e pelo assassinato do soldado britânico Lee Rigby.
O ex-líder terrorista exercia papel de liderança no grupo e planejava ataques com Estado Islâmico, Al-Qaeda e Taleban no exterior. A sentença, porém, ocorre após um imbróglio jurídico sobre a detenção de LF.
As autoridades já haviam submetido LF ao monitoramento contraterrorismo por dois anos em 2016. Em 2019 ele foi condenado a dois anos de prisão por violar as condições, mas teve a pena suspensa.
A decisão atual ocorre poucos meses depois de o homem voltar a violar as rígidas medidas impostas à prisão domiciliar, em setembro de 2020.
Busca de 36 horas
Com a fuga, ele desencadeou uma busca de 36 horas ao violar sua tornozeleira de monitoramento eletrônico. Antes de deixar sua casa, LF queimou documentos, teve acesso a um celular e dinheiro e pegou um táxi para Londres.
A busca pelo ex-líder terrorista gerou atrasos de até nove horas em portos do Reino Unido e o acusado se entregou após um dia e meio de buscas por todo o país. A advogada de LF afirmou que o acusado não fugiu para realizar novos ataques.
Além das atividades terroristas, LF tem condenações anteriores por fraude e porte de armas, apontou o diário britânico “The Telegraph”.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.