Hackers russos invadiram tablets usados pelas forças armadas ucranianas

Campanha foi conduzida por um grupo chamado Sandworm e tinha como alvo tablets que usam o sistema operacional Android

Hackers a serviço do governo da Rússia realizaram em agosto uma campanha maliciosa para invadir e comprometer tablets usados pelas forças armadas da Ucrânia. A denúncia consta de um relatório divulgado nesta quinta-feira (31) pelo Centro Nacional de Segurança Cibernética (NCSC, na sigla em inglês) do governo do Reino Unido.

Agências de segurança ucranianas detectaram em seus aparelhos, no início do mês passado, a presença de um malware, apelidado de Infamous Chisel (Formão Infame, em tradução literal). Através dele, os cibercriminosos acessam os tablets comprometidos para verificar arquivos, monitorar o tráfego e roubar periodicamente informações confidenciais.

Hackers russos têm empreendido seguidos ciberataques durante a guerra (Foto: TheDigitalArtist/Pixabay)

“A exposição desta campanha maliciosa contra alvos militares ucranianos ilustra como a guerra ilegal da Rússia na Ucrânia continua a se desenrolar no ciberespaço”, disse Paul Chichester, diretor de operações do NCSC.

Diz o relatório que a campanha digital foi conduzida por um grupo de hackers chamado Sandworm (Verme da areia, em tradução literal) e tinha como alvo tablets que usam o sistema operacional Android. Segundo Kiev, o grupo é um destacamento do GRU, o serviço de inteligência militar de Moscou.

“À medida que a Rússia falha no campo de batalha, continua a sua atividade maliciosa online, tornando a Ucrânia uma das nações mais ciberatacadas do mundo”, declarou Oliver Dowden vice-primeiro-ministro do Reino Unido, acrescentando que o governo britânico “desafia os ciberatores covardes da Rússia e defende a Ucrânia.”

O relatório foi produzido pela iniciativa conhecida como Five Eyes (Cinco Olhos, em tradução literal), uma aliança de serviços de inteligência de países anglófonos, Austrália, Canadá, EUA, Nova Zelândia e Reino Unido.

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