Ministro do Interior russo afirma que cinco mil agentes deixaram as forças policiais em julho

Vladimir Kolokoltsev definiu escassez de pessoal na polícia como 'crítica'

Na quinta-feira (10), o ministro do Interior da Rússia, Vladimir Kolokoltsev, revelou que durante o mês de julho cinco mil pessoas optaram por deixar o serviço policial. A autoridade expressou preocupação com a crescente escassez de pessoal, e descreveu a situação como “crítica”. As informações são do jornal The Moscow Times.

Embora não tenha detalhado as razões por trás das saídas, Kolokoltsev enfatizou que é fundamental que os agentes da lei tomem medidas para minimizar riscos na segurança pública, com foco na proteção dos direitos e liberdades legítimas da população.

Policiais em São Petersburgo (Foto: WikiCommons)

Kolokoltsev ressaltou a importância do “trabalho moral e psicológico com os funcionários” como um meio de promover a coesão das equipes, fortalecer a disciplina e manter os princípios fundamentais de lealdade ao dever e ao juramento.

O chefe do corpo policial orientou os membros do ministério a “empreender todos os esforços para reduzir ao máximo os riscos” associados à falta de pessoal.

“Entendo que em condições de falta de pessoal, um fardo colossal recai sobre os funcionários. Mas este é o caso quando se deve trabalhar de acordo com o princípio ‘superar com habilidade e não com números’”, disse ele.

O Ministério do Interior engloba diversas agências que supervisionam as operações de aplicação da lei na Rússia, como a polícia, a diretoria de assuntos de migração, a diretoria de controle de drogas e o Centro de Combate ao Extremismo, que é conhecido por reprimir ativistas contrários ao governo em todo o país.

No primeiro trimestre de 2023, a Rússia registrou sua escassez de mão de obra mais intensa desde 1998, conforme indicado por uma pesquisa de abril do Banco Central. O levantamento destacou déficits acentuados nos setores de manufatura, indústria, mineração e transporte.

No entanto, a pesquisa não considerou dados do setor governamental, que viu muitos de seus trabalhadores sendo mobilizados para conflitos na Ucrânia.

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