Autoridades finlandesas relataram na terça-feira (3) mais um caso de cabos de comunicação danificados. Dessa vez, duas conexões de fibra óptica que ligam o país à Suécia foram afetadas, e o governo local diz acreditar em acidente. Milhares de pessoas foram prejudicadas, segundo informações da rede Deutsche Welle (DW).

A empresa Global Connect afirmou que os cabos foram danificados em dois pontos diferentes no sul da Finlândia, afetando cerca de seis mil clientes privados e aproximadamente cem clientes empresariais. O ministro finlandês de Transportes e Comunicações, Lulu Ranne, afirmou que “as autoridades estão investigando o caso juntamente com a empresa” e que “estão levando a situação a sério”.

No entanto, durante a tarde de terça, a polícia finlandesa afirmou que “não há razão para suspeitar de qualquer atividade criminosa” relacionada aos danos. Ambos os cabos já foram reparados, mas o incidente causou sérios transtornos à população local, especialmente aos clientes privados afetados.

Caso se repete

O caso ocorre após outros incidentes semelhantes. Em novembro, cabos submarinos conectando a Suécia à Lituânia e a Finlândia à Alemanha, no Mar Báltico, foram rompidos e levantaram a suspeita de sabotagem, especialmente devido à presença de um navio de bandeira chinesa na área.

Na ocasião, o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, foi um que sugeriu um possível ato de sabotagem. Beijing se propôs a colaborar com a investigação após as autoridades suecas citarem a presença do navio chinês Yi Peng 3 na região dos cabos danificados.

Esses eventos ocorrem pouco mais de um ano após danos semelhantes em um gasoduto submarino entre Finlândia e Estônia, atribuídos a outro navio chinês. Na ocasião, o Balticconnector e dois cabos de telecomunicações foram danificados, com danos estimados em 300 milhões de euros (R$ 1,83 bilhão em valores atualizados).

Uma investigação conduzida pelo governo finlandês atribuiu a responsabilidade a um navio cuja âncora foi encontrada na região. Mais tarde, o governo da China admitiu que um navio com bandeira de Hong Kong foi responsável, mas afirmou ter se tratado de um acidente.