ONU volta a condenar ataques russos contra civis e solicita acesso para ajuda humanitária

Moscou disparou seus mísseis contra a cidade de Odessa e a região de Donetsk, resultando em pelo menos seis mortes

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Após novos ataques russos contra a cidade ucraniana de Odessa, nesta semana, o escritório da ONU (Organização das Nações Unidas) na Ucrânia voltou a declarar que estruturas civis não podem ser alvos militares na guerra. 

A chefe das Nações Unidas no país, Denise Brown, afirmou que, desde o início da invasão russa, ataques indiscriminados e o uso de explosivos em áreas residenciais mataram e feriram milhares de civis, incluindo crianças. Em nota, pediu pelo fim da violência e reforçou que a lei humanitária internacional deve ser respeitada.

As forças russas dispararam mísseis contra a cidade de Odessa, no sul da Ucrânia, e bombardearam a região leste de Donetsk, resultando em pelo menos seis mortes.

Em Donetsk, os ataques danificaram casas, sistemas de gás e eletricidade. Dezenas de casas teriam sido atingidas em áreas sob controle ucraniano, segundo as autoridades locais. Moscou também relatou que civis foram mortos e feridos em áreas sob seu controle.

Monumento é transformado em trincheira na cidade ucraniana de Odessa (Foto: Twitter/Reprodução)
Reservatório Kakhovka

A situação na região de Kherson após o rompimento de uma barragem também segue afetando a vida dos civis. 

De acordo com o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, a falta de água gera preocupação com a saúde das mais de 700 mil pessoas que dependem do reservatório de Kakhovka. No entanto, não há registros de aumento nos casos de infecção intestinal ou cólera até o momento.

Ajuda humanitária

Também nesta quarta-feira (14), a ONU e parceiros enviaram outros dois comboios para comunidades que enfrentam escassez de água na região de Dnipro e continua levando ajuda à região de Kherson.

As Nações Unidas e organizações humanitárias continuam a negociar o acesso em áreas atualmente sob controle russo, informando as partes do conflito sobre planos para prestar assistência nos locais afetados na margem esquerda do rio Dnipro

Até agora, mais de 115 mil porções de comida e 900 mil litros de água potável foram entregues. Os trabalhadores humanitários também forneceram dinheiro para mais de cinco mil pessoas. 

Usina de Zaporizhzhya

O impacto do desastre também gera impactos no funcionamento da usina nuclear de Zaporizhzhya, a maior da Europa. O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Rafael Mariano Grossi, se reuniu na terça-feira (13) com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e voltou a destacar os riscos aos quais a instalação está sendo exposta.

O chefe da agência atômica da ONU afirmou que apresentou às autoridades ucranianas um programa de assistência baseado em técnicas nucleares nas áreas de saúde humana e animal, segurança alimentar e água potável, bem como na avaliação da saúde de infraestruturas críticas após a inundação.

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